sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

As faces de Quarteira



Que droga de gente é esta que deixa chegar a este estado de degradação as casas tradicionais da terra...



...para depois, pela via da especulação, mau gosto e nosso desgosto, as transformarem nestas aberrações.



Há ainda, contudo, quem resista. E assim me reconcilio com a Quarteira.

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These foolish things, Charles Mingus(Mysterious Blues)

29 comentários:

São disse...

Mas ainda há quem se preocupe com a identidade do país, a sério?

Muito pouca gente, acho...e não é no Algarve, parece-me.Exceptuando rarissimaaaass excepções.

Bom final de semana.

Fernando Samuel disse...

A confirmar que vale a pena resistir...

Um beijo.

Pitanga Doce disse...

Caramba que os prédios das foto são mesmo feios. O arquiteto estava do avesso no dia em que os desenhou.

As casas de baixo lembram a minha infância no centro do Rio.

augusto, um entre mil disse...

...pois, este mundo já não é o meu...

Lilá(s) disse...

Choca-me esta falta de vontade de preservar o que é nosso, e depois vemos no estrangeiro exactamente o contrário...
BJs

A.S. disse...

Pois... e assim vão secando as nossas raízes!...

Beijos,
AL

jrd disse...

Que sequência!
Começa mal, continua pior, mas acaba muito bem.
Abraço

Duarte disse...

São as faces e as fases. É o processo dum capitalismo que nos leva à ruína: ESPECULAÇÃO. Sobram casas, que não se vendem...
A diferença, no resistir, é notória.

Uma excelente visão, bem documentada. Parabéns.

Um grande abraço e a minha solidariedade

Sensualidades disse...

o algarve esta a perder a beleza, esta a ficar generico demais :(

Bjinhos
PAula

jawaa disse...

Infelizmente, espectáculos destes há por todo o lado um pouco.
Enfim, há sempre quem permaneça fiel, cada vez mais poucos.
Um abraço

o dueto da quarteira disse...

desprezo e abandono, ganância (e mau gosto) de uns e desgosto nosso, resistência e luta de alguns a fazer crescer para que o mundo pule e avance.

Também gostei muito destas coisas loucas que ouvi

R. disse...

Felizmente nem tudo está perdido e o pouco que se salva é também, muito provavelmente, o que sustenta o resto... Bem alertado, cara Justine, e com a habitual sensibilidade e pertinência que caracterizam este espaço.
Abraço!

Há.dias.assim disse...

Há sempre a esperança...
Bjocas

mdsol disse...

Como sempre dizes tudo em pouco espaço.
Beijos

:)))

Graciete Rietsch disse...

E assim se vão perdendo as belezas do nosso país a favor da especulação desenfreada que descaracteriza completamente o nosso Património.Então o Algarve é um completo Horror.
A música,como sempre, muito bem escolhida.

Um beijo.

samuel disse...

É a mesma gente que produz "cavacos"... mas, felizmente, nem toda a gente vai nisso. Pena, que seja muito pouca...

Beijo.

tulipa disse...

Infelizmente, espectáculos destes é o que mais se vê, por todo o lado um pouco.

Ao dia sucede-se a noite,
à luz o negrume,
ao amor ou amizade o ódio,
a distracção ou a indiferença,
à Quaresma das Cinzas o explodir da cor e da vida na Páscoa,
ao cinzento chuvoso, nublado e de neve do inverno o verde e a claridade suave da Primavera.
Ao verde multicolor da estação quente, por vezes com súbitos e relampejantes aguaceiros segue-se o cinzento sombrio da estação fria e do cacimbo.

A "mim" suceder-se-á a minha sombra!

Sara disse...

Ainda bem que, apesar das faces desfiguradas pelo abandono e pelo mau gosto, consegues focar-te naquilo com que a nossa terra ainda nos consegue agraciar. São grandes qualidades: a capacidade de denúncia e a capacidade de reconciliação.
Abraço de cá! :)

Maria Carvalhosa disse...

Gosto disto, Justine! Há tanto que aqui não vinha! Andei arredada, por outros sítios, talvez um pouco perdida... Agora estou a voltar, aos poucos, aos lugares do meu contentamento. Beijos e até breve.

Anónimo disse...

A Quarteira é uma das maiores aberrações do turismo algarvio. Haja quem resista, mas é difícil, com o xemplo que lhes vem de Boliqueime

Rosa dos Ventos disse...

Infelizmente o que conheço da Quarteira é apenas esse lado feio...
Há sempre alguém que resiste e tu captaste muito bem essa resistência à fealdade e à destruição de um património tão valioso!

Abraço

MagyMay disse...

Há sempre alguém que resiste... há sempre alguém que diz não...
Valha-nos isso!!!

Abraço, Justine... Abraço

Unknown disse...

E assim lá se perde a trilogia sagrada de Vesúvio:
Uma casa deve ser sólida, harmoniosa e segura.
Bjs, Justine

Anónimo disse...

exemplos de mau gosto e ganância são fáceis de encontrar, de norte a sul.
felizmente, ainda há quem não deixe morrer a tradição e a beleza.

marradinhas afectuosas

utopia das palavras disse...

Muito poucos têm resistido à especulação imobiliária, desta terra que podia continuar a ser linda, não fosse os labirintos de betão armado!
Tenho muita pena!

Abraço

OUTONO disse...

Vemos e revemos...e não conseguimos ver o que queremos ver!
Mas, há vozes...
Junto-me à tua.
Beijinho

João Roque disse...

Nunca gostei especialmente de Quarteira, devido precisamente a um urbanismo selvagem e pouco cuidado.

Licínia Quitério disse...

Que bem viste Quarteira. Aquelas avenidas horrorosas, modernaças. Valha-nos alguma dignidade urbanística ainda por aqui, por ali.

João Carlos Santos disse...

Enquanto Quarteirense, procuro defendo a minha terra a todo o custo, e venho descobrir neste blog mais do mesmo, aquele discurso insípido que padece de criatividade. Os chavões são sempre os mesmos: turismo selvagem, mamarrachos, horrível e feia. No entanto, a maior praia do Algarve consegue seduzir até aqueles que durante anos sempre desprezaram esta terra, esta Quarteira que é má mãe mas é boa madrasta.

Seguramente, existem casos piores de especulação imobiliária em outros cantos do nosso Portugal.